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201 3

World of Warcraft: Legion – Review da Expansão!

Venham comigo fazer um review de World of Warcraft: Legion e avaliar os prós e contras dessa expansão que anda na boca de tudo e todos!

Parece que foi há um século que eu vi Illidan pela primeira vez no Warcraft 3.

Na altura eu vivia ainda no interior de Portugal, e jogava em um PC sem internet, com uma cópia do Warcraft 3 emprestada de um “menino da cidade”.

Lembro de jogar o personagem, de ver tudo o que a Legião era e significava. De como a história estava bem construída com várias reviravoltas no roteiro (plot twists, na altura nem sabia que se chamavam assim) e de como eu corria da escola para casa para continuar minha campanha!

Os anos passaram, e abandonei a franquia para voltar a jogar de novo no final do Vanilla, início do World of Warcraft: The Burning Crusade. E de novo, lá estava Illidan fazendo das suas.

Mas e Agora?

Illidan voltou e com ele veio uma das expansões mais esperadas em termos de lore de WoW. A invasão final da Legião.

A vinda de nomes como Kil’Jaeden e a abertura da Tumba de Sargeras.

Como a Blizzard propôs nos apresentar uma expansão que beira a importância de Wrath of The Lich King na evolução da história de Warcraft?

Quais as novidades? Como ficou o PvE (JxA)? O PVP (JxJ)? E bolas, caraças, como raios ficaram as Batalhas de Mascotes??

Esse post é uma tentativa de fazer um pequeno review do meu ponto de vista sobre a expansão.

Então sem mais demoras, vamos ao que interessa.

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World of Warcraft: Warlords of Draenor

Vamos admitir: WoD não foi a sua nem a minha expansão favorita.

Com admissão do próprio Ion Hazzikostas, a expansão teve inúmeras falhas em relação a conteúdo, e um “teste” que não resultou lá tão bem quanto esperado – as guarnições.

Com uma falha grave na necessidade de sair pelo mundo fora para explorar/”farmar”, os jogadores eram reis e senhores de seu próprio “castelo do autismo”, onde tinham tudo o que precisavam sem precisar sair para explorar um PLANETA INTEIRO criado para uma expansão.

Tinham recursos, equipamentos, plantas, minérios, ouro e alguns até uma Casa de Leilões dentro da Guarnição, para evitar ainda mais sair dali.

Hoje o planeta inteiro está lá.

Horas e horas de trabalho para ser inexplorado e deixado para trás.

A Blizzard precisava urgentemente cativar os jogadores.

Trazer a essência da exploração do mundo de volta.

Porque tirando o PvE (que estava excelente), o WoD parecia apenas um grande “to be continued…” na nossa tela após o World of Warcraft: Mists of Pandaria.

Daí veio a notícia…

O Beta

World of Warcraft: Legion é anunciado, e os “nerds creams” foram escutados até na Coreia do Norte (é, eu sei).

Entre “lore freaks” que queriam uma continuação da história primária até apaixonadas pelo Illidino que tiraram os posteres do baú de novo, os fãs de World of Warcraft estavam mais hyped do que mãe de 5 numa Black Friday!

Assim que o Beta iniciou, os canais de Streamers e YouTubers encheram de World of Warcraft: Legion.

Eram “Live Streams” pra cá, vídeos pra lá, MMO-Champion lançando novidades todos os dias.

Fãs correndo atrás de chaves do Beta (eu incluído, valeu Wowhead pelo sorteio! <3). E o que nos mostraram, de cara: Demon Fudendo Hunters!

A nova classe prometia ser algo inovador em World of Warcraft.

Com Asas que permitiam planar, metamorfose (feelsbad Demo locks), e uma promessa de uma linha de história magnífica, os novos amiguinhos da Aliança e Horda começaram a “floodar” os servidores do beta e eram fantásticos!

O dano estava alto, o tankar era divertido, a história começava e continuava excelente. Não foram uma desilusão em nenhum aspecto.

Míticas+, Salões de Classe, Armas artefato, Missões Mundiais.

Fomos assistindo e experimentando tudo durante o beta e tudo parecia excepcionalmente interessante.

E por uma razão bem óbvia: ERA REALMENTE INTERESSANTE.

Os jogadores sentiam que estavam de volta ao World of Warcraft. De volta à necessidade de sair, ir aqui e ali para resolver o problema diário que a Legião estava causando.

Com um sentimento novo, e uma aproximação do jogador com a história.

Quando menos se esperava, a Blizzard anuncia o lançamento para bem mais cedo do que foi calculado pelos jogadores, e as primeiras preocupações começaram a surgir.

“Como assim daqui a dois meses?” “O beta nem está acabado!” “Vai dar m……”

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O Lançamento

Eu não joguei no lançamento do The Burning Crusade. Ou melhor, eu joguei, mas eu não estava lá.

Na altura que o TBC foi lançado, eu andava ocupado upando meu Orc Caçador por mapas que em nada seriam afetados pelo lag que era causado.

Só fui ver o primeiro Elfo Sangrento quando voltei para Orgrimmar para gastar meu dinheiro em besteiras como Arma Ígnea.

Mas eu vou me atrever a apostar que World of Warcraft: Legion foi a expansão com o melhor lançamento até os dias de hoje.

Comparado às outras (principalmente WoD), Legion lançou como se fosse um dia de “reset”.

Liso, suave, fluido, divertido, hyped, e sem grandes problemas.

Uma prova de que a Blizzard aprendeu com o tempo e experiência de outros lançamentos, e de que a nova tecnologia de escalamento de “mobs” foi uma excelente ideia.

Missões Mundiais ou World Quest

As Missões Mundiais eram um conceito novo.

“Como assim missões diárias que não são diárias?” “Vou ter de catar essas missões?” “Como assim recompensas aleatórias?”

A dúvida e o cepticismo eram fortes em relação a essa nova forma de missões, mas na minha opinião elas são exatamente o que WoW precisava para não ficar entediante.

E o fator gear ajuda imensamente o jogador casual a se manter a par do Ilvl necessário para adentrar outro conteúdo, como foi o caso da Costa Partida.

Missões com recompensas de recursos de ordem também foram uma excelente forma de tirar o jogador do seu Salão de Classe e fazer com que este (surpresa surpresa) trabalhe para o que quer obter em um MMORPG.

Com Pontos de Artefato e recompensas até de Culinária, as Missões Mundais realmente misturam o conceito de “farming” com missões de uma forma inovadora e divertida.

Se você voar……….

Masmorras Míticas Plus

O novo modelo de conteúdo dificultado em masmorras do World of Warcraft.

A Blizzard prometeu que as masmorras iam ficar relevantes durante toda a expansão, e não estava mentindo!

Os jogadores “farmam” diariamente este conteúdo. Às vezes de um jeito absurdo!

Pessoalmente, faço Míticas Plus em 6 tanks diferentes, e conheço players que fazem em apenas 1 char e conseguem fazer mais M+ do que eu nos tanks todos!

O modo realmente se mostra desafiante nos níveis mais altos, e a mudança de afixos traz alguma variação para o fato de que estamos fazendo sempre as mesmas Masmorras.

E que Masmorras elas são!

Pátio das Estrelas, Retorno a Karazhan, Salões da Bravura entre outras, estão muito bem feitas, com designs e lutas de bosses muito interessantes.

O único problema de M+ são as malditas pedras depletadas e a falta de punição por abandonar os amiguinhos durante uma partida.

Felizmente teremos a solução para isso no 7.2.5 quando a mecânica de depletar pedras não irá existir mais.

Um famoso YouTuber e livestreamer chamado Asmondgold fez uma proposta interessante: Uma opção de – no lugar de 3 afixos + temporizador – adicionar um afixo e retirar o temporizador.

Devo dizer que concordo MUITO com essa opção.

Imagine: Você, pai/mãe de família, marido/esposa, encomendador/a de pizza, poder fazer a sua M+ sem se preocupar em ter que ficar sentado na cadeira em frente ao PC ininterruptamente durante 25 mins.

Apenas adiciona um quarto afixo, e pode fazer devagar, com CC (Controle de Multidão) e fazer a sua off-noite sem raide parecer uma mini-raide com a galera da guilda.

Blizzard, por favor. Yes We quero.

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Raides

Eu não vou falar muito sobre LFR porque já sabem o que eu acho.

Só deixar aqui um detalhe: Tier (com os mesmos bônus de N, HC e M) dropando de novo em LFR… Não faz sentido.

Passando para os outros modos e as raides em si: Continuamos a ver uma separação saudável de Normal com Heróico.

O modo Normal se torna assim mais amigável ao jogador casual, reduzindo o número de mecânicas necessárias para derrotar os bosses.

O Heróico continua desafiante para o jogador regular, e o Mítico me parece (não jogo Mítico nessa expansão ainda) bem ao nível do que os jogadores mais hardcore procuram no PvE de WoW.

Parabéns à Blizzard por cada vez mais trazer vários níveis de dificuldade para o jogo, podendo assim agradar ao público variado.

Quanto às 3 raides em si, apenas o Pesadelo Esmeralda foi uma desilusão com um 4/10 (nota pessoal).

As lutas iniciais estavam entediantes, com Cenarius e Dragões sendo os únicos desafios que me “acordaram” durante a progressão.

E Xavius….. enfim… aquela sala cinza, ninguém merece…

Daí veio Provação da Bravura e Meu Jesus Verde de Durotar, que lutas lindas!

Enfrentar Odyn com as mecânicas dos adds, me vingar do cachorro por me matar quando estava upando e no final ingressar em uma das lutas mais desafiantes do jogo até agora.

Helya HC não foi desilusão como luta, e realmente capta a fantasia de lutar contra uma fudendo deusa dos infernos! (8/10).

Baluarte da Noite traz o chamado “mixed feelings” (sentimentos misturados).

Tem dias que amo aquilo, tem dias que quero Garrosh tacando bomba de mana no lugar.

As lutas iniciais param de ser um desafio após 2 ou 3 runs, e tirando Botanista, Tichondrius e Gul’Dan, minha guilda não viu grandes dificuldades em derrubar os desafios presentes. (7/10)

PvP ou JvJ

Por essa altura já devem ter reparado que estou fazendo uma review bem pessoal e sem me preocupar com manter imagem.

Dito isso, devo dizer que eu não sou PvPlayer, não entendo mais de PvP do que o jogador casual que aperta o botão de BG sem querer e depois tem preguiça de sair da fila e vai assim mesmo.

Mas tentarei falar do que eu ouvi:

Eu ouvi que a gear toda escala para todo mundo ficar igual em PvP instanciado (arenas, BGs, etc).

Acho válido, mas me preocupa perder o sentido de “estou fazendo PVP para pegar aquela recompensa que vai me ajudar a matar mais amiguinhos”.

Eu ouvi que as recompensas de Poder de Artefato em PvP são uma piada em comparação às de PVE. E que PVPlayers simplesmente estão farmando conteúdo PvE para upar suas armas.

Me parece ineficiente colocar a gear para ser toda igual, e depois prevenir a sua arma de ser igual à do amiguinho.

Eu ouvi que as recompensas de equipamento acabam sendo mais cosméticas do que propriamente um upgrade.

Em suma, ouvi que o PvP do Legion não está legal. Que há defeitos enormes.

O meu querido Jiraya do PvP LAB pode elaborar mais sobre o assunto nas lives, se você gosta de PvP.

Porém, eu não gosto de criticar sem apresentar soluções: Porque não acabamos com os problemas criando um servidor “Full PVP” que consiste em você escolher um personagem já upado, equipado e com poder de artefato no máximo.

Na tela de início (com UI novo) você pode escolher a especialização, talentos e o modo que quer jogar (arena, bgs, etc).

Pode invitar o amiguinho e partir para a pancadaria no PvP sem se preocupar em upar, “farmar” ou sequer encantar seu personagem.

Pense comigo: Se jogos como Heroes of the Storm e Overwatch dão certo com essas mecânicas, como WoW não daria?

Poder de Artefato – Artifact power

O primeiro problema que não é problema. Ou pelo menos não para o jogador abaixo do hardcore.

Poder de Artefato veio como um meio de manter o jogador ocupado upando sua arma e colocando ela para ter uns efeitos passivos bem poderosos.

Mas imediatamente foi identificado como um problema.

Jogadores com TOC ficavam desgostosos de ver suas armas com pontos ainda por completar e já taxavam a expansão de “grind de AP”.

Curiosamente os mesmos players que no WoD reclamavam de não ter nada para fazer no jogo.

Mais tarde, eu e outros jogadores chegamos à conclusão simples de que Poder de Artefato não é, nem deve ser visto como “absolutamente necessário meu deus preciso disso agora já ou o meu TOC vai me dar probleminha”.

E a razão é muito simples: Tirando os traits até ao terceiro (agora quarto e quinto) trait dourado, sua classe não necessariamente precisa de uma arma full Artifact Power para ser eficiente.

É claro que para o jogador Mítico, 1% fez, faz e sempre vai fazer diferença, mas qual jogo não exige dedicação e farm absurdo no conteúdo mais High End disponível?

No Normal e Heróico você não precisa de 50/50 no último trait, e jogadores de LFR reclamando de Artifact Power beira o engraçado, sinceramente.

Por fim, com as novas mecânicas de catch-up a cada novo patch, nossos artefatos estarão sempre em dia com os que ficam “farmando” como se não houvesse amanhã, tornando o esforço quase redundante.

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Random Number Generation – RNG

Aqui sim, temos o verdadeiro problema e a crítica mais pesada que terei para Legion hoje (sim, peguei meio leve até agora).

O sistema de RNG em Legion ultrapassou as marcas do desrespeito por esforço pessoal.

Não só existe o sistema de Forjado para Guerra e Forja Titânica (que eu entendo como uma forma JUSTA de evitar o tédio de jogadores que já têm o conteúdo em “farm” e nunca tive problemas com) como deixaram o sistema abusar dos níveis de itens que dão aos jogadores.

Um jogador que passa 3 meses “wipando” e progredindo para finalmente matar o Gul’Dan no HC pode receber um Berloque de DPS Tragada das Almas de ilvl 890 e ser simplesmente ultrapassado por um Tragada das Almas 925 ganho no LFR por um jogador que estava assistindo 13 Reasons Why enquanto ficava AFK na luta.

É na minha opinião um desrespeito pelo esforço individual do jogador, e a maior razão porque alguns jogadores de guildas grandes deixaram de jogar World of Warcraft.

Solução: Reduzir o nível máximo do ilvl de itens Forjado para Guerra e Forja Titânica para o nível mínimo do próximo tier de dificuldade (acompanhado pelas evoluções dos patches, obviamente).

Isso iria reduzir o desânimo de jogadores dos tiers mais altos para com o jogo e criar um sistema saudável de evolução pessoal.

Não é à toa que uma das frases que mais escutamos é “Raidar pra quê?”.

Lendários

Retirando aqui a ideia dos “das antigas” de “ah! porque no meu tempo de Núcleo Derretido” e falando sobre novas gerações e recompensas dinâmicas – e não querendo entrar em contraste com minha crítica ao RNG – eu concordo com os drops de lendários de Legion.

Não porque são “lendários”.

A cor do item pouco me importa, mas sim porque são itens que modificam a sua jogabilidade e dinamizam a classe.

Podiam ser roxos, azuis ou brancos, eu ia amar o conceito deles do mesmo jeito.

Cara, podiam ser até berloques!! Sempre amei berloque de classe, não vai ser agora que vou odiar.

O único problema com lendários é como eles têm ‘tiers’ dentro de si mesmos.

Existem os que são apenas de utilidade, os médios, e os realmente fortes.

Quem sabe não junta minha proposta do RNG com isso e faz com que os lendários melhores só dropem em níveis mais altos de dificuldade?

Conclusão Sobre World of Warcraft: Legion

A expansão está boa, tá gente?

A lore está foda, a jogabilidade está foda, as masmorras estão fodas, e as raides estão divertidas.

É claro que tem os seus defeitos. Todas elas tiveram. E em todas a Blizzard tentou aprender e acertar na próxima.

Esqueçam o AP, critiquem o RNG, e se divirtam.

Não façam 2 problemas serem o espelho da Grande Pintura que é a expansão.

Vou continuar jogando, e tankando DGs/raides para meus amiguinhos.

Beijos, e vejo vocês na frente da raide!

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