Resolvi escrever sobre a Origem de Nortunália.
Abaixo vou falar um pouco sobre o Lore de Nortunália assim como a Origem na Horda e na Aliança.
Para isso, vamos entrar em um clima de Role in Play como se você tivesse ido a uma biblioteca, a biblioteca do heroi.
Neste local você encontrará um homem já com uma certa idade que estará lá apenas para contar sobre a Origem de Nortunália.
Então, heróis e heroínas, vieram nesta noite especial à procura de conhecimento sobre a Nortunália?
Bom, então ouçam meu poema e o conhecimento terão!
This is Hallow…’s End
Venham adultos!
Venham crianças!
Venham ouvir histórias
Antes da morte da esperança!
Aos mortos que voltam!
Aos mortos que andam!
Aos mortos que assombram
e aos mortos que cantam!
Venham, venham todos,
herói ou camponês,
pelos doces ou pelas travessuras,
pela festa ou pela batalha…
Venha para a noite da Nortunália!
Origem de Nortunália na Aliança e Costumes
Os povos humanos de Lordaeron comemoram essa data desde muito tempo.
Tempo suficiente para que poucos realmente tenham alguma ideia do porque ou o que exatamente comemora essa data.
Aqueles que sabem, porém, podem te contar a tradição.
A data marca o fim da colheita e o inicio do inverno e, portanto, a vinda de tempos difíceis.
Por isso, nas semanas que levam até este dia, várias festividades ocorrem tanto para celebrar uma boa colheita, ou para desejar e ter esperança de tempos melhores e que o inverno não seja tão duro.
Como símbolo dessa mudança, é costume queimar um grande Homem de Palha, que simboliza seu eu interior.
As chamas que o queimam são purificadoras.
A tocha de cada pessoa representa suas angústias, medos, tristezas, arrependimentos e o ato de queimar o boneco representa se livrar delas, na esperança de que sua vida seja mais leve, calma, clara e cheia de paz.
Acredita-se também que, nesta época, seja possível comunicar-se com os espíritos dos seus antepassados.
As tradições praticamente cessaram por um tempo após a destruição de Lordaeron pelo Flagelo, mas voltaram com toda a força com o ressurgimento dos Guilneanos à Aliança.
Por esse período, apenas as tradições mais festivas, como as decorações de abóbora e a distribuição de doce permaneceram fortes.
Em uma dessas cerimônias, Arthas e Jaina tiveram sua primeira noite de amor (e a última).
Anos mais tarde, Sir Thomas Thomson seria morto e revivido como o Cavaleiro sem Cabeça.
Origem de Nortunália na Horda e Costumes
Por uma coincidência muito peculiar do destino, foi durante a época da Nortunália que Sylvannas Correventos libertou os Renegados do controle do Flagelo.
Desde então, eles usam a data para comemorar essa vitória e renovar as esperanças de uma nova “vida”.
Assim como os humanos, eles também constroem um Homem de Palha e o ateiam fogo, mas com uma diferença: no final, eles espalham as cinzas do monumento em seus rostos.
Eles também praticam a tradição da decoração e dos doces.
Origem de Nortunália por toda Azeroth
Embora seja um evento com origens humanas, toda Azeroth o comemora após a formação da Aliança e da Horda.
Isso por que a formação dessas facções permitiu uma grande mistura de culturas.
Assim, a tradição da decoração e dos doces se espalha por todo o mundo, com várias tavernas diferentes oferecendo doces para os viajantes.
Mas as festividades em volta do Homem de Palha acontecem apenas em Ventobravo e na Cidade Baixa (antiga capital de Lordaeron).
Além disso, o Cavaleiro sem Cabeça ataca várias localidades de Azeroth com sua sombra, mas assombra pessoalmente o mesmo lugar: o Monastério Escarlate.
Origem de Nortunália em Draenor
Em Draenor, ao menos na versão alternativa que visitamos através do Portal Negro (vermelho), também acontecem coisas estranhas nessa época do ano.
Lá, um grupo de piratas se levanta do mar e inicia mais uma vez sua cruzada contra os vivos.
Não, não são quaisquer piratas: são Orcs mortos-vivos, comandados pelo Capitão Toraosso, que tem como único objetivo eliminar toda a vida em Draenor.
Não se sabe ainda a origem da Frotaossada, mas esperamos que eles nunca alcancem seus objetivos.
Origem de Nortunália Doces e Travessuras
No mundo real, o Halloween tem uma origem bem peculiar.
Ele vem da cultura celta, portanto é pagã.
Entre 600 a.c. e 800 d.c. os povos que habitavam a região da Gália e Grã-Bretanha, no período entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, festejavam principalmente os mortos.
Segundo eles, nessa época, os espíritos ancestrais voltavam à suas casas para guiar suas famílias rumo ao outro mundo.
As festividades eram sempre acompanhadas por sacerdotes, que atuavam como médiuns entre os dois mundos.
Para eles também, o mundo dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor.
Parte disso se perdeu e a outra parte foi assimilada quando os romanos invadiram a região e instauraram o Cristianismo.
Na verdade, os cristãos já comemoravam algo nessa data, era o dia de todos os mártires, em nome daqueles que morreram por uma causa (geralmente cristã).
As Mudanças nas Datas
Séculos mais tarde, o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (panteão) num templo cristão.
Dedicando ele a “Todos os Santos”, à todos os que nos precederam na fé.
A festa em honra de todos os santos inicialmente era celebrada no dia 13 de maio.
O Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1 de novembro, que era o dia da dedicação da capela de todos os santos na Basílica de São Pedro, em Roma.
Também foi instaurado, um dia antes, uma vigília que preparava a festa do dia seguinte.
Ela foi chamada, em inglês, de “All Hallow’s Eve”, que significa “Vigília de Todos os Santos”.
Com o tempo, o termo foi se encurtando até ser o que é hoje, “Halloween”.
Como pode ver, a origem da festa não tem muito a ver com sua celebração atual.
Isso acontece por que as maiores influências que a data sofreu vieram muito tempo depois.
A Peste Negra
As fantasias vieram de um costume surgido entre os séculos XIV e XV, durante a Peste Negra, onde estima-se que um terço da Europa morreu.
Por causa disso, era comum ver pessoas vestidas dos pés à cabeça, devido à um grande sentimento de medo à morte entre os católicos.
Era comum também representações artísticas recordando à todos de suas próprias mortalidades.
Já a ideia de “doces ou travessuras” veio na Idade Média, na Inglaterra.
Lá existia um costume chamado “Soulling”, onde crianças iam de casa em casa pedindo um bolo e, em troca, rezavam pelos entes queridos já mortos dessas famílias.
Isso provavelmente evoluiu para o “Doces ou Travessuras” que conhecemos hoje.
A travessura, no caso, vem do período entre 1500 e 1700, durante a perseguição protestante contra os católicos.
Na data do Halloween, os protestantes iriam às casas dos católicos exigir comida e cerveja, que colaboravam sob ameaça de represália.
Portanto, o Halloween é uma mistura de várias culturas, religiões e costumes históricos, que culminam numa festividade bem diversa.
Halloween no World of Warcraft
Em Warcraft, a origem da Nortunália é bastante baseada nas origens do Halloween, com ambas sendo celebrações aos mortos e tendo início antes do inverno.
Mas, na Nortunália, não fica claro em nenhum lugar o por que exatamente de existir uma tradição de “doces ou travessuras”.
Ouso eu dizer que a parte dos doces ao menos serve como uma forma de presentear à todos, como símbolo de gratidão ou acolhimento.
Desta forma explica-se portanto o papel dos doces como recompensas de missões, prendas ou presentes dos órfãos.
Já as travessuras, não vejo uma indicação entre o povo de cada fação, então atribuo o costume à inimizade entre a Horda e a Aliança.
Afinal, não me recordo de nenhuma travessura sendo cometida na Aliança pela Aliança, somente entre uma e outra.
E ai está, minhas crianças, a origem do Halloween e a Nortunália.
Se quiser saber mais sobre lore, não deixe de ler neste link aqui.