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Ban’dinoriel – As Proteções de Quel’thalas

A “Ban’dinoriel” sem sombra de dúvidas era um sistema de defesa fantástico.

Ou assim deveria ser.

Em tempos que se discute sobre o exílio dos Void Elfs e da postura do Lor’themar, nada mais justo trazer algumas explicações sobre a lore dos Elfos.

Visto que alguns jogadores estão alegando que o Lor’themar está fazendo a mesma coisa que o Malfurion quando expulsou o Dath’remar.

Mas não é bem assim. Na verdade a situação é bem diferente.

Pois os Void Elfs estavam aprendendo a manipular o Void e não tinham como prevenir erros.

Em contrapartida, os altaneiros possuíam um vasto conhecimento sobre o arcano e após os evento com os demônios, eles tinham plena ciência de que magia arcana atraía a Legião.

Farei duas postagens sobre a lore dos Elfos Sangrentos que pode ajudar a entender isso.

Esse primeiro sobre a Ban’dinoriel e um segundo sobre o Dar’khan Drathir.

Creio que é de conhecimento geral o motivo da expulsão dos Altaneiros pelo Malfurion, mas não custa dar uma lembradinha.

Os abusos por parte dos Elfos no uso de magia arcana e da Nascente da Eternidade chamou a atenção da Legião Ardente para Azeroth resultando na Guerra dos Anciões.

Após esses eventos, Dath’Remar e os altaneiros que o seguiam se recusaram a pararem de utilizar a magia arcana e foram exilados por isso.

Um adendo sobre as fontes de informações

Originalmente, esse post sobre a Ban’dinoriel foi escrito em 26 de dezembro de 2017.

Até essa data, só havia lançado em português o Crônicas I e a editora Leya não havia anunciado se lançaria ou não a tradução do Chronicles II.

No geral eu dou preferencia por obras traduzidas, usando em inglês apenas as que não foram lançadas aqui.

Porém, recentemente a Leya informou que não lançaria a tradução do Chronicles II.

Portanto, tive que usar as obras em inglês e aproveitei o lançamento do Chronicles III.

Devido a isso, irei alterar algumas informações sobre a Ban’dinoriel.

A Criação da Ban’dinoriel 

Segundo o Crônicas, quando os Elfos fundaram Quel’thalas, havia o medo de novas invasões demoníacas.

Visto que mexer com muita energia arcana atraía a Legião eles precisavam de uma proteção poderosa.

Portando, Dath’Remar solicitou aos seus arcanistas mais poderosos por uma forma de proteção.

Essa proteção ficou conhecida como Ban’dinoriel, o “Guarda-Pórtico”.

A Ban’dinoriel foi levantada na fronteira de Quel’thalas utilizando runas monolíticas poderosas.

Essa barreira impedia a percepção do uso de magia arcana para quem estava do lado de fora.

Entretanto, no Warcraft III a barreira em torno de Quel’thalas era conhecida como “Outer Elfgate”.

 

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Como é visível na imagem acima, haviam duas Elfgate e anteriormente ao Cronicas I, apenas a Inner Elfgate era chamada de Ban’dinoreil.

Ban’dinoriel – Elfgate

Visto que a série Chronicles é um retcon, não irei me desfazer de nenhuma fonte que usei anteriormente.

Mas já aviso de antemão que não sei ao certo o que ainda é considerado Canône e o que deixou de ser.

Segundo o conto Blood of the Highborne, a Elfgate foi construída se utilizando dos veios arcanos das linhas do meridianos encontrada naquelas terras.

Sendo a Barreira externa circundando Quel’thalas e a Barreira interna protegendo Luaprata.

Por esse motivo era extremamente difícil invadir Quel’thalas e basicamente impossível invadir Luaprata.

Por eras os Amanis tentaram destruir a barreira, mas nunca tiveram sucesso.

Durante a segunda Guerra, a Horda conseguiu passar pela Outer Elfgate.

Os elfos só sobreviveram a um ataque massivo da Horda com dragões vermelhos devido a proteção do Inner Elfgate.

Até mesmo Arthas teve um pouco de dificuldade para destruir a Outer Elfgate.

Em contrapartida, os elfos superiores superestimavam as barreiras.

Sylvanas antes de lutar com Arthas pela primeira vez havia se gabado da barreira.

De fato a Outer Elfgate era poderosa, mas não indestrutível.

A Outer Elfate caiu nos eventos do Warcraft III após muita luta.

Arthas conseguiu destruir e fazer com que com Sylvannas batesse em retirada, rumo a Inner Elfgate, que no jogo era conhecida como Ban’dinoriel.

Durante a campanha dos Elfos Sangrentos na expansão The Burning Crusade vemos que algumas runas monolíticas foram reativadas.

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A Ban’dinoriel ” Interna”

Como disse anteriormente, apenas a Inner Elfgate era conhecida como Ban’dinoriel.

Essa proteção interna circundava Luaprata.

As fontes anteriores ao Crônicas cita que os pontos principais da Ban’dinoriel constituíam em três altares nas interseções de linhas do meridiano:

An’telas, An’daroth e An’owyn.

Os altares eram fortemente protegidos por Elfos Superiores e encantamentos de invisibilidade, o que tornava quase impossível a localização.

Esses altares guardavam um cristal com intenso poder, que alimentava o portal.

Os cristais eram chamados de Cristais da Lua.

Diferentemente da parte externa, a Ban’dinoriel interna era de fato impenetrável.

Segundo o conto Blood of the Highborne, a Ban’dinoriel era uma barreira de poder imensurável.

E mesmo que os cristais da Lua fossem retirados, era possível manter a barreira plena por um período.

Diferentemente da parte externa que Arthas conseguiu derrubar, a parte interna não seria possível.

Só era possível entrar em Luaprata desativando a barreira com a Chave das Três Luas.

Essa chave era formada com a junção dos três Cristais da Lua citados acima.

Entretanto, no conto Blood of the Highborne o Lor’themar alega que se a barreira fosse sobrecarregada ela se extinguiria.

Mas para isso precisaria de MUITO poder arcano.

Portanto, pressuponho que a Chave das Três Luas abra a barreira causando essa sobrecarga.

Arthas só conseguiu invadir Luaprata facilmente devido as informações sobre a localização e o funcionamento que o espião Dar’khan entregou à ele.

Uma curiosidade para quem gosta da lore dos Death Knight é que Thassarian foi um dos responsável pelo roubo do Cristal da Lua de An’owyn e o evento ocorreu no dia anterior à invasão de Quel’thalas.

No dia em que o templo de An’owyn foi atacado, Koltirus (Koltira no original) estava de guarda no templo e o primeiro encontro de Koltirus e Thassarian ocorre nesse evento.

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A Chave das Três Luas.

Segundo o Wowpedia, cada cristal da Lua parecia estar vinculado a diferentes aspectos do Ban’dinoriel.

A Esmeralda chamada “Olho de Jennala”, que abre a mente da Ban’dinoriel

A Ametista “Pedra de Hannalee” , abre o coração.

E a Aafira chamada “Corpo de Enpeia” abre a alma.

Infelizmente não achei nenhuma fonte até o momento que especifique em que templo cada cristal está.

Até o momento só sei que o “Olho de Jennala” estava em An’telas.

Com esses três cristais juntos, Arthas abriu a Ban’dinoriel.

Foi com esses três cristais que Kael’thas, junto com Astalor e Rommath conseguiu sobrecarregar e destruir a Nascente do Sol corrompida pela ressurreição de Kel’thuzad.

Entretanto, o artefato foi corrompido.

E após esse evento eles adquiriram a tonalidade verde “fel” e passaram a ser conhecido como “esferas verdejante”.

Essas esferas ficaram em posse de Kael’thas Andassol e é visto flutuando sobre sua cabeça.

Bandinoriel-Kaelthas

A Ban’dinoriel e os Elfgate segundo o Chronicles

Como já citei no texto, o Cronicas I alega que a Ban’dinoriel fica em torno de Quel’thalas e não de Luaprata.

Isso difere das informações anteriores à obra.

As fontes anteriores a serie Chronicles, a Ban’dinoriel está dentro do território de Quel’thalas, próximo ou bem na frente de Luaprata.

Outra informação que está um pouco diferente é referente a proteção dos elfos contra a Horda no Warcraft II.

No ataque dos Presa de Dragão que incendiou as florestas de Quel’thalas, Luaprata saiu ilesa por possuir uma proteção invisível bloqueando as chamas dos dragões vermelhos.

No livro Tides of Darkness, no dialogo com a Alleria, o rei Anasterian convoca seus guerreiros e os patrulheiros para combater a Horda.

Mesmo não falando o nome da barreira que protegeu Luaprata, foi creditado a proteção da Ban’dinoriel.

Já no Chronicles II é citado que o Anasterian chamou também chamou os magos e os sacerdotes para fazer uma barreira em Luaprata usando a Nascente do Sol.

Essa informação altera a percepção de como a Horda invadiu Quel’thalas.

Pois antes do Chronicles, a barreira que tinha cedido ao ataque da Horda era a Outer Elfgate.

Agora, a barreira que cedeu PROVAVELMENTE foi a própria Ban’dinoriel, por isso que Anasterian teria chamado os magos e os sacerdotes para proteger Luaprata.

Uma POSSÍVEL inconsistência no Chronicles

Curiosamente, No Chronicles III cita que além da Ban’dinoriel há mais duas barreiras de proteção.

Essas barreiras são justamente as Elfgate.

Também informa que a Ban’dinoriel é a TERCEIRA e a mais poderosa barreira.

Porém, isso me deixou muito confusa.

Pois, segundo o Cronicas I, a Ban’dinoriel está em torno de QUEL’THALAS.

Portanto, ou as duas Elfgates estão basicamente coladas a Ban’dinoriel.

Sendo uma sequencia de proteção muito próxima da outra na fronteira.

Ou as duas Elfgate estão fora do território de Quel’thalas.

Na verdade o Chronicles NESSE ASPECTO me deixou com mais dúvidas do que certezas sobre a Ban’dinoriel.

Outro detalhe é que até o momento ainda não vi nada sobre os altares An’telas, An’daroth e An’owyn e os Cristais da Lua.

No Chronicles III quando narra a invasão do Flagelo em Luaprata não é nem citado.

Apenas cita que o traidor Dar’khan passou informações importantes para a invasão.

Como Chronicles trabalha que a formação da Ban’dinoriel é devido as runas monolíticas, não sei dizer se os altares ainda são cânones.

Visto que haverá também uma remasterização ou algo do tipo do Warcraft III, também não sei dizer se esses detalhes também serão alterados no jogo.

Concluindo

Os elfos possuíam um sistema de defesa fantástico.

Independentemente das mudanças do Chronicles.

Pelo conto Blood of the Highborne vemos que se o Arthas não soubesse qual a localização dos Cristais da Lua, ele não teria invadido Quel’thalas.

Mostrando que a barreira interna era realmente impenetrável usando a força.

Outro detalhe importante, que tratarei logo mais na postagem sobre a lore do mago Dar’Khan Drathir é sobre a confiança dos Elfos.

A confiança exacerbada que os Quel’dorei possuíam em sua própria raça foi um fator decisivo na desativação da Ban’dinoriel pelo Arthas.

Atualmente, os Elfos Sangrentos já não são tão ingênuos ao ponto de acreditar que não exista Elfos com pretensões duvidosas.

A queda da Ban’dinoriel foi o pior dos castigos que os Elfos sofreram por conta de sua crença de que todos os elfos superiores são moralmente incólumes.

Outro detalhe é sobre o Chronicles.

Mesmo eu tendo reclamado de algumas coisas, no geral eu realmente acho que o WoW estava precisando de algo assim.

Pois algumas informações que estavam com furos foi finalmente resolvidas.

Porém o fato de ser um retcon e não um reboot ficou um tanto confuso para mim.

Pois em outros detalhes da lore que estava redondinho, acabou aparecendo algumas dúvidas.

Como no caso da Ban’dinoriel.

Caso tenham curtido esse post, peço que leiam sobre Dar’khan Drathir, o grande responsável pela queda da Ban’dinoriel na III Guerra.

 

Até a próxima =)

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